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  • Foto do escritorDra. Elba Ássima

Síndrome do Pânico



A Síndrome do Pânico atinge cerca de 3,5% da população e é duas vezes mais comum em mulheres do que em homens. É caracterizada por crises de ansiedade súbitas, com sensação de medo, palpitações, sudorese, tremores, falta de ar, sensação de desmaio, sensação de morte iminente, “formigamento”.



Algumas pessoas podem apresentar ondas de frio ou de calor, náusea. dor no peito, sensação de aperto na garganta, urgência urinária, sensação de pernas moles, diarreia. Por vezes, a pessoa durante o ataque de pânico tem uma sensação de irrealidade, medo de perder o controle ou de enlouquecer.

Um medo exagerado de apresentar alguma doença grave pode também ocorrer na Síndrome do Pânico. Às vezes, a pessoa acredita que pode estar tendo um ataque cardíaco, enlouquecendo ou mesmo morrendo.

O paciente costuma ficar muito angustiado porque não é possível prever quando ocorrerá um ataque de pânico, mantendo certo grau de ansiedade (ansiedade antecipatória) entre um ataque de pânico e outro. Os ataques de pânico podem ocorrer a qualquer momento, mesmo durante o sono. Um ataque de pânico usualmente atinge o seu ‘pico’ em 10 minutos, mas alguns sintomas podem persistir por mais tempo.

A Síndrome do Pânico normalmente começa no final da adolescência ou início da fase adulta, mas pode afetar pessoas de qualquer idade. Algumas pessoas podem apresentar um único ataque de pânico e não desenvolver a doença, que parece ter um importante fator hereditário.

Pessoas com história de repetidos ataques de pânico podem apresentar incapacitação (por exemplo, evitação de lugares específicos, incapacidade de dirigir, de viajar de avião ou andar de elevador, insegurança em viajar sozinho ou de permanecer sozinho em algum lugar), sendo, portanto, fortemente recomendável que seja procurado tratamento o mais precocemente possível a fim de evitar tais ‘sequelas’. É comum que passe a temer e evitar situações em que apresentou um ataque de pânico de maior intensidade. A vida de algumas pessoas se torna tão restrita que elas passam a evitar atividades rotineiras como ir a um shopping ou à padaria perto de casa. Se não tratadas, cerca de 1/3 das pessoas podem ficar ‘presas na própria casa’ e passam a depender de um acompanhante para fazer a maior parte das coisas fora de casa. Esta sintomatologia (medo de sair só, de ficar só, de multidões, de lugares fechados ou de difícil ‘escape’) é chamada agorafobia.

O tratamento precoce previne na maioria das vezes o desenvolvimento da agorafobia. Infelizmente, muitas pessoas relutam em procurar um especialista (psiquiatra) e são atendidas inúmeras vezes em Pronto Socorro ou por médicos não especialistas que acabam por não diagnosticar nem tratar corretamente a Síndrome do Pânico. Os prejuízos decorrentes de diagnóstico e tratamento incorretos são incalculáveis, visto que a Síndrome do Pânico responde bem ao tratamento especializado (medicamentos e psicoterapia cognitivo-comportamental).

A Síndrome do Pânico, especialmente quando tratada incorretamente ou não tratada, é frequentemente acompanhada por outros problemas sérios tais como depressão, abuso de álcool ou drogas. Estas doenças precisam ser tratadas separadamente.

Sintomas de depressão incluem sentimentos de tristeza ou desesperança, alterações no apetite e no sono, baixa energia, dificuldade de concentração, pessimismo, fraqueza persistente, apatia, perda do interesse e desânimo.

Vale lembrar que a maioria das pessoas com depressão, associada ou não à Síndrome do Pânico, podem ser tratadas adequadamente com antidepressivos, psicoterapia ou uma combinação de ambos.

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